A Filipa é uma das minhas grandes inspirações. Somos o resultado das influências das pessoas de quem realmente gostamos e admiramos. A influência da Filipa foi e é a irmã mais velha. A irmã foi a primeira a questionar o porquê das coisas que a rodeavam. O porquê de ter de parecer bem, quando se sentia mal. O porquê de se ter de arranjar para agradar os outros. O porquê de se ter de depilar quando as energias eram escassas. Não temos o hábito de questionar as coisas mais básicas da nossa rotina. E quando as começamos a questionar, as pessoas à nossa volta estranham. A Filipa não estranhou.

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Afinal, porque é que nos temos de contentar com a nossa insatisfação, com as pressões estéticas? 

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A rapariga que me inspira todos os dias pela sua luta pela igualdade de género. A Feminista com F maiúsculo. Não se depila, não se limita, não se sente inferior, não ouve e cala. Não porque é isso que uma feminista faz, mas sim porque é isso que ela sente que deve fazer, e acima de tudo, o mais importante para ela é manter-se verdadeira a ela mesma.

Com ela percebi que as pessoas estranham sempre o que foge à normalidade, o que é contraditório. Porque apesar de procurarmos a nossa voz no mundo, temos que marcar a nossa diferença dentro de alguns parâmetros, segundo a sociedade. 

Primeiro estranha-se, mas depois lá se entranha. 

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